A Palavra Livre de Mortágua
Sexta-feira, 22 de Junho de 2007
Jusqu'ici Tout Va Bien

«C'est l'histoire d'une société qui tombe et qui, au fur et à mesure de sa chute, se répète pour se rassurer : "Jusqu'ici tout va bien, jusqu'ici tout va bien, jusqu'ici tout va bien." Mais ce qui compte c'est pas la chute. C'est l'atterrissage.»

 

Aos que se perguntam sobre a imagem que serve de base à imagem de divulgação deste blog, repondo que é a imagem promocional do filme "La Haine", de Mathieu Kassovitz.

 

Resumidamente a história do filme centra-se na frase em itálico que abre este post, e que se traduz abaixo.

 

«É a história duma  sociedade que cai e que, à medida da sua queda, repete para si mesmo para se reconfortar: "Até aqui tudo bem, até aqui tudo bem, até aqui tudo bem." Mas aquilo que conta não é a queda. É a aterragem."»


música: Até Quando?
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publicado por Mário Lobo às 21:58
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Sexta-feira, 15 de Junho de 2007
Pois bem...
Aqui estou para contestar e opinar acerca do meu querido concelho.
Quero que, esta primeira entrada seja em grande. Com tal, e mediante uma conversa com o Amarelo acerca do Medo de falar, das pessoas se pronunciarem, deixo um trecho para posterior reflexão. O autor, José Gil está consagrado como um dos 25 Grandes Pensadores do Mundo Inteiro, pelo "Nouvel Observateur". Desta feita, em 2004 editou um livro intitulado "Portugal, Hoje O Medo de Existir, que eu aconselho vivamente a todas as pessoas que se interessem por Portugal e, que tenham sentido de reflexão e ponderação acerca do nosso contexto envolvente, enquanto sociedade.
Porquê  escrever acerca deste livro? A meu veu, conceitos como cidadania activa, participação, democracia, ainda há muito para batalhar e, agir neste sentido. Tal como a história dos eucaliptos na nossa querida Mortágua. Nós temos sim senhor algo a dizer. Será catastrófico se não o fizermos. Comprometemos as gerações vindoras. Não é uma visão assustadora, mas sim realista. Como será o concelho de Mortágua daqui a 20 anos? Queres cultivar os campos e, estes estão perfeitamente áridos para as sementes, chupados pela vegetação abundante dos eucaliptos. Queres levar os teus filhos para uma paisagem verdejante e, o verde que encontras é um cinzento, o verde acinzentado dos eucaliptos. E a manta morta? Fantástica!  As folhas dos eucaliptos são tão boas que, nem desaparecem, nem a terra as quer para decompôr! Bonito o panorama...
Tendo em conta que a água potável será num futuro muito próximo o novo "petróleo", então o que fazemos num concelho em que este bem tão precioso serve sim para engrossar as tais árvores malditas? O que está por detrás desta abundância de eucaliptos senão interesses pessoais para encher os bolsos? E nós deixamos?
Prosseguindo, eis o trecho de que falava atrás, que penso dizer muito acerca do nosso Medo de contestar:
" Porque o 25 de Abril não conseguiu abolir a divisão instruído/ sem instrução que correspondia mais ou menos ao par poder-saber / pobreza-ignorância do tempo do salazarismo. Porque na sociedade portuguesa actual, o medo, a reverência, o respeito temeroso, a passividade perante as instituições e os homens supostos deterem e dispensarem o poder- saber não foram ainda quebrados por novas forças de expressão da liberdade.
Numa palavra, o Portugal democrático de hoje é ainda uma sociedade de medo. É o medo que impede a crítica. Vivemos numa sociedade sem espírito crítico - que só nasce quando o interesse da comunidade prevalece sobre o dos grupos e das pessoas privadas."
Ora, comentários?


publicado por mortaguacontesta às 01:20
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Sexta-feira, 8 de Junho de 2007
Nota...

os textos:

"Ideias de Cousa Nenhuma"

"Mortágua e Eucaliptose"

"Os Novos Fascismos"

"Rei Morto, Rei Posto"

 

foram colocados hoje (08/06/2007) mas com as datas em que foram escritos/publicados.

 

Saudações



publicado por Mário Lobo às 11:50
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Sexta-feira, 1 de Junho de 2007
Ideias de Cousa Nenhuma

Resposta (?) ao artigo "Mortágua e a Eucaliptose".

da Autoria de Acácio Fonseca (Presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Mortágua)

Publicado na Defesa da Beira em 1 de Junho de 2007

 


 

Cá vamos cantando e rindo, pobres mas honrados, sim!!!

E assim iremos continuar por muitos e bons anos, pois não vislumbramos o progresso, que está aqui à mão.

Então andamos aqui a defender o eucalipto, que é a arvore mais terrível que ao Mundo Deus deitou, pois desertifica os terrenos, bebe-nos a água que é o bem mais precioso que temos, andando nós a construir barragens  e assim não tendo que as encher!!

Então, está bom de ver: não será melhor plantar freixos, amieiros, carvalhos, castanheiros, mas em vez de na orla de 60m dos cursos de água, porque não 600m, 6000m, 60Km, pois que a sombra, a seiva, os doces ou mesmo os frutos dariam igual ou maior rentabilidade?

Ou, porque não, em vez de mobilizar os solos, porque as terraplanagens são caras, não deixar crescer em geração espontânea?

Já viram a enorme produção de mel, e as amoras, o manancial de material lenhoso para alimentar a Central Termoeléctrica de… silvas?!

E a produção de leite e queijo marca Mortágua, retornando à pastorícia?!

E o Turismo rural, ou mesmo a indústria cinematográfica com imagens bucólicas dos pastorinhos apresentado os seus rebanhos nas serras do Arinto e do Linhar de Pala, tendo por fundo as Eólicas ao entardecer? Que riqueza que isso não irá trazer ao Concelho!!

Além disso, diminuía-se drasticamente a sinistralidade laboral no nosso País (a mais alta da Europa), pois acabavam-se os acidentes com motosserras, as gruas, os tractores agrícolas, diminuía-se o nosso consumo em combustíveis fósseis, equilibrava-se a nossa balança de transacções, por diminuição das importações, e contribui-se e de que maneira para a diminuição do buraco do ozono!

Finalmente, acabavam-se as preocupações com os fenómenos da migração clandestina e o desemprego dos nossos jovens, pois já não teríamos que nos preocupar com os cidadãos de Leste e Brasileiros que, teimosamente, ainda vêm para cá começando a trabalhar logo pelas 6 horas da manhã e aos Sábados também, quando nós ainda nos vamos deitar após uma noite de trabalho árduo.

Parecemos um Concelho de débeis mentais, pois andamos todos com o passo trocado, só eu é que o levo certo!!

 


 

Nota: Alguém se doeu com o meu texto... será?!?



publicado por Mário Lobo às 09:00
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