Passem no forum e deixem lá opinião:
Não é só o Gato Fedorento que tem direito aos Tesourinhos Deprimentes. Aqui o nosso concelho também tem alguns.
Em 2004 eu, o Leitão e o Dias de Monte de Lobos, organizamos aquilo que se intitulou de II Mostra de Música Moderna de Mortágua. Do nosso bolso avançamos o dinheiro para as despesas necessárias, e a titulo pessoal assumimos compromissos com fornecedores e bandas.
À autarquia pedimos somente que nos publicasse o cartaz numa das página da Agenda Municipal.
Após consentimento do Vereador responsável pela agenda (mais precisamente no final de uma reunião de preparação da Feira das Associações), contactei a pessoa encarregue de elaborar a agenda e entreguei o ficheiro com o respectivo cartaz.
Até aqui tudo bem.
A Agenda é impressa e eis que o Presidente da Câmara não gostou ou da ideia subjacente à Mostra (música moderna) ou então tem graves dificuldades em entender que alguém promova actividades sem o seu conhecimento prévio.
A consequência foi a de ser cortada, de todos os exemplares da agenda, a página que exibia o cartaz, isto já depois da agenda impressa. Cortaram mesmo a página fora.
Na altura a malta que organizava esta festa emitiu o comunicado que se segue.
De há uns anos a esta parte (catorze, para ser exacto) vem sendo realizada na nossa vila uma assim chamada Festa da Juventude.
No início, e até à sua XI edição esta festa foi sempre integrada de um concerto Rock/Pop de carácter jovial. Nas últimas duas edições assistimos a artistas de não menos valor no panorama nacional mas, sem dúvida, não orientados às camadas mais jovens, como assim faria prever o título da festa.
No entanto, e ainda antes desta dita Festa da Juventude, surge em 1990, pela mão da Associação de Estudantes da Escola de Dr. João
re-editar aquilo que foi, talvez, o expoente máximo das actividades lúdico-musicais destinadas aos jovens do concelho, um filho da terra toma em mão a tarefa de organizar uma segunda edição do mesmo evento.
Numa intenção clara de demonstrar que os jovens também são capazes de organizar e levar a cabo tarefas de organização de eventos, faz-se este jovem acompanhar de mais dois colegas seus para assim promoverem aquela que será a II Mostra de Música Moderna de Mortágua.
No desejo de verem a sua actividade publicitada e comunicada ao maior numero possível de pessoas entra um destes jovens em contacto informal com os co-ordenadores da Agenda Informativa editada pela Autarquia Local a fim de verem cópia do cartaz da actividade ser distribuída nas páginas deste órgão informativo.
Poderá o processo de comunicação entre a comissão organizadora e o órgão autárquico não ter corrido da melhor forma. Mas eis a surpresa de ver, e já após impressão da dita agenda, a página que contêm a réplica do referido cartaz ser eliminada (fisicamente) da composição da agenda.
O móbil para este ataque à divulgação de um evento cultural é o de a actividade surgir anunciada como sendo promovida por uma só pessoa. Aquela que lançou a ideia e cuja persistência permitirá levar a cabo este evento. Uma actividade que (no foro musical) servirá uma larga camada dos jovens mortaguenses só pelo facto de ser organizada por uma só pessoa, ainda que auxiliada por outras duas, não é tida na mesma consideração que seria se o fosse por uma instituição.
Perguntamo-nos se aquilo que é organizado por um só, a custo do seu tempo e alguma despesa, não pode ser considerado actividade cultural de valor para a terra. Perguntamo-nos se será necessário recorrer às estruturas existentes na promoção de eventos culturais e sociais para que a Autarquia se digne a reconhecer, e assim propagandear, o valor e existência destas actividades.
A II Mostra vai em frente. No dia 10 de Abril vamos mostrar o desagrado para com a forma como a Câmara Municipal de Mortágua encara a iniciativa informal de um grupo de jovens. Vamos todos assistir à II Mostra de Música Moderna de Mortágua, na Associação Popular Desportiva e Cultural Gandarense.
Contamos CONTIGO.
A Organização
*Notícia publicada n'O Primeiro de Janeiro em 10 de Agosto de 2007
Mortágua: Com o fim do ano lectivo, zonas rurais ficam ainda mais isoladas |
Os transportes públicos que servem a área rural do concelho de Mortágua, constituído por 92 localidades, deixam de funcionar com o fim do ano lectivo e milhares de pessoas ficam sem meios para se deslocarem. Alberta Rodrigues, 61 anos, que vive em Arnes, uma pequena aldeia a cerca de 17 quilómetros da sede do concelho, contactada por telefone, admitiu que, “na terra, a chegada do Verão significa também ficar sem carreira para ir à feira”. Mas tudo muda para Alberta Rodrigues quando o filho, o único que tem e está emigrado na Holanda, chega em Agosto para as duas semanas de férias e a leva, então, para as “compras da semana” na feira de Mortágua. Pior sorte tem José Reis, que, apesar de ter só 48 anos, um “problema antigo” nas pernas não o deixa “ir longe” a pé e sente, como ninguém, “por alturas do Verão”, a falta do autocarro para sair da aldeia, que dista “mais ou menos” 10 quilómetros da vila. É esta realidade, que o PCP quer ver alterada com a criação de um serviço municipal de transportes, que já é uma proposta antiga e que o actual executivo autárquico também chegou a assumir como sua em tempo de campanha eleitoral, nas autárquicas de 2005. Mário Lobo, dirigente local do PCP, disse que a falta de autocarros durante as férias escolares tem “criado imensos problemas” no concelho. ------------------------ Empresa Lucro social Para Mário Lobo, o que está em causa, “mesmo que isso gere algum prejuízo financeiro”, é a criação de uma empresa municipal que ligue a maior parte das aldeias à vila, criando um significativo lucro social”. |
*Notícia publicada no Jornal do Centro em 10 de Agosto de 2007 |
Mortágua está sem transportes públicos desde que terminou o ano lectivo. O início das férias escolares interrompe as ligações rodoviárias asseguradas por duas empresas de camionagem, com quem a câmara municipal contratualizou o transporte de estudantes. Desde então, apenas oito povoações continuam a ter transporte público, graças à carreira regular que liga Viseu a Coimbra. As restantes 83 localidades não têm serviço regular de autocarros e destas somente três têm ligações ferroviárias. A situação é denunciada pela concelhia de Mortágua do PCP que, no seu primeiro boletim, retoma uma das bandeiras da candidatura da CDU, nas últimas eleições autárquicas: a criação de um Serviço Municipal de Transportes, com funcionamento durante todo o ano e em articulação com os existentes, quer ferroviários, quer rodoviários. Mário Lobo, membro da Comissão Coordenadora da concelhia do PCP, recorda que, nos últimos quatro anos, a autarquia de Mortágua “despendeu mais de meio milhão de euros (100 mil contos) para contratar um serviço de transportes que não serve o concelho” defendendo, em alternativa, a criação de “uma rede de transportes municipal ou intermunicipal” que não deixe as pessoas apeadas durante três meses e, mesmo nos nove meses de funcionamento das aulas, ao fim-de-semana. “O dinheiro que a câmara gasta, todo somado, quase dava para pagar uma rede própria”, afirma o dirigente comunista esclarecendo que um autocarro custa perto de 100 mil euros (20 mil contos) e a sua manutenção, já com o salário do motorista incluído, não deve ir além dos 2.500 euros (500 contos mensais). Mário Lobo frisa que a falta deste serviço é particularmente grave sendo Mortágua o concelho “mais envelhecido da sub-região Dão Lafões”, que é constituída por 15 concelhos. Na Câmara de Mortágua ninguém esteve disponível para falar até ao fecho da edição. O presidente da autarquia encontra-se de férias e o vice-presidente esteve ausente em serviço externo. |
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