*Notícia publicada n'O Primeiro de Janeiro em 10 de Agosto de 2007
Mortágua: Com o fim do ano lectivo, zonas rurais ficam ainda mais isoladas |
Os transportes públicos que servem a área rural do concelho de Mortágua, constituído por 92 localidades, deixam de funcionar com o fim do ano lectivo e milhares de pessoas ficam sem meios para se deslocarem. Alberta Rodrigues, 61 anos, que vive em Arnes, uma pequena aldeia a cerca de 17 quilómetros da sede do concelho, contactada por telefone, admitiu que, “na terra, a chegada do Verão significa também ficar sem carreira para ir à feira”. Mas tudo muda para Alberta Rodrigues quando o filho, o único que tem e está emigrado na Holanda, chega em Agosto para as duas semanas de férias e a leva, então, para as “compras da semana” na feira de Mortágua. Pior sorte tem José Reis, que, apesar de ter só 48 anos, um “problema antigo” nas pernas não o deixa “ir longe” a pé e sente, como ninguém, “por alturas do Verão”, a falta do autocarro para sair da aldeia, que dista “mais ou menos” 10 quilómetros da vila. É esta realidade, que o PCP quer ver alterada com a criação de um serviço municipal de transportes, que já é uma proposta antiga e que o actual executivo autárquico também chegou a assumir como sua em tempo de campanha eleitoral, nas autárquicas de 2005. Mário Lobo, dirigente local do PCP, disse que a falta de autocarros durante as férias escolares tem “criado imensos problemas” no concelho. ------------------------ Empresa Lucro social Para Mário Lobo, o que está em causa, “mesmo que isso gere algum prejuízo financeiro”, é a criação de uma empresa municipal que ligue a maior parte das aldeias à vila, criando um significativo lucro social”. |
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